Segue um checklist completo — organizado por etapas — dos documentos e formulários exigidos hoje ( 03 / 06 / 2025 ) para abrir e legalizar uma cooperativa habitacional com sede em Maringá-PR.

1 ⃣ Pré-constituição (planejamento interno)

EtapaDocumentos / providências

1.1 Estudo de viabilidade• Estudo técnico-econômico e social do empreendimento (habitação de interesse social, custos, projeções de receitas e fontes de financiamento).
• Relatório ambiental preliminar se o terreno já estiver definido.

1.2 Grupo de fundadores• Lista nominal de mínimo 20 pessoas (art. 6º, Lei 5 764/1971).
• Cópias simples do RG e CPF de cada interessado para conferência prévia. normaslegais.com.br

1.3 Minuta de Estatuto Redação inicial contemplando objeto social “promoção de empreendimentos habitacionais” + regras de rateio/sobras, quotas-partes, fundo de reserva etc.

2 ⃣ Convocação e Assembleia de Constituição

Documento Exigências formais

Edital de Convocação• Publicado 10 dias antes em jornal local ou meio eletrônico equivalente.
• Deve citar local, data, ordem do dia e relação dos fundadores. juntacomercial.pr.gov.br

Ata da Assembleia Geral de Constituição (4 vias)• Inteiro teor da sessão, aprovação do Estatuto, eleição dos órgãos sociais.
• Assinaturas de todos os fundadores + rubricada folha a folha.
• Reconhecimento de firma do presidente e secretário. sebrae.com.br

Estatuto Social definitivo (4 vias)• Mesmo número do CNPJ em branco (será preenchido após deferimento).
• Visto de advogado (OAB / PR) na última página. sebrae.com.br

Lista de PresençaNome completo, RG, CPF, endereço, assinatura de cada votante.

Ficha Qualificativa dos AdministradoresQualificação completa do presidente, vice, conselheiros e fiscal.

3 ⃣ Registro digital na JUCEPAR (portal Empresa Fácil)

  1. Requerimento Eletrônico – Cooperativa (gera nº de protocolo).

  2. Capa Digital + FCN-Coleta Web anexadas em PDF.

  3. Arquivos autenticados (Ata, Estatuto, Lista de Presença, Edital).

  4. Comprovante de endereço da sede (escritura, contrato de locação ou comodato).

  5. Taxa DAR-1/AUT paga (valor varia conforme capital social).

  6. Declaração de Enquadramento CNAE (normalmente 4110-7/00 ou 9499-5/00 para gestão de habitação; confirme com contador). juntacomercial.pr.gov.br

Resultado: Ficha Cadastral da JUCEPAR + Estatuto arquivado.

4 ⃣ Receita Federal – CNPJ

Documento / FormulárioObservações

DBE – Documento Básico de EntradaTransmitido via Coletor Nacional.

FCN-Ficha Cadastral e ComplementarAnexa ao DBE.Cópia RG, CPF e comprovante de endereço dos diretoresApenas representantes legais.

Ata de Constituição + Estatuto em PDFVersões já deferidas pela JUCEPAR. sebrae.com.brsomoscooperativismo.coop.br

5 ⃣ Filiação ao Sistema OCEPAR/OCB-PR

PassoDocumentosPedido de adesãoOfício assinado pelo presidente.Cópia do Estatuto registrado + CNPJ—Quadro de sócios atualizado (planilha)Nome, CPF, quota, assinatura digital.Parecer contábil de viabilidadeOpcional, porém recomendável. paranacooperativo.coop.br

6 ⃣ Prefeitura de Maringá – Inscrição Municipal & Alvará

  1. Consulta Prévia de Viabilidade (on-line no Protocolos da SEURBH).

  2. Ficha de Cadastro Econômico + Estatuto arquivado.

  3. Comprovante de sede (mesmo usado na JUCEPAR).

  4. Alvará de Localização/Funcionamento - exigido para toda pessoa jurídica no perímetro urbano (arts. 124-128 da LC 889/2011). www3.maringa.pr.gov.br

7 ⃣ Demais cadastros obrigatórios

ÓrgãoQuando necessárioDocumentos básicos

INSS/CEI (obras próprias)Ao iniciar construção de unidades.Matrícula CEI, alvará de construção, planta aprovada.

FGTS / CAIXAAo contratar empregados.Formulário GFIP, CNPJ, pacto associativo.

SEFA-PR (Inscrição Estadual)Se houver compra/venda de materiais.DBE + Estatuto.

8 ⃣ Etapas específicas de empreendimentos habitacionais

Estas não são exigidas para a constituição da cooperativa, mas serão cobradas antes do lançamento do primeiro projeto:

FaseDocumentoBase legal / órgãoIncorporação imobiliária

Memorial de Incorporação + Título de propriedade do terreno + plantas aprovadasCartório 1.º Registro de Imóveis de Maringá 1rimaringa.com.brLicenciamento ambientalRCA, PCA ou EIV (se + 100 unidades)SEMA-PR / SEMMA-MaringáFinanciamento CAIXA / FGTSDossiê CadHab + certidões negativas federais, estaduais e municipaisCAIXA / Cohapar

📌 Resumo final

  1. Assembleia (Ata + Estatuto) autenticada →

  2. Registro digital na JUCEPAR

  3. CNPJ na Receita Federal →

  4. Inscrição Municipal & Alvará em Maringá →

  5. Filiação à OCEPAR/OCB-PR

  6. Registros complementares (INSS, FGTS, SEFA) e, para cada obra, Memorial de Incorporação no Registro de Imóveis.

Com esses documentos prontos e arquivados, a cooperativa habitacional estará plenamente regular para captar associados, adquirir terrenos e desenvolver projetos em Maringá.

Programa Minha Casa Minha Vida – Entidades

Documentos exigidos em todas as etapas do financiamento pelo Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) — versão vigente em 03 jun 2025.

Fase

Quem entrega

Principais documentos

Base normativa / fonte1. Habilitação da Entidade Organizadora (EO)Cooperativa/associação sem fins lucrativosEstatuto social registrado e Ata da atual diretoria; CNPJ; Certidões negativas (RFB/PGFN, FGTS, INSS, CNDT, Fazendas estadual e municipal); Declaração de inexistência de impedimento; Comprovante de endereço; Histórico de atuaçãoPortaria MCID 861/2023 – Anexo II (Regularidade Institucional) gov.br

2. Qualificação técnica da Entidade organizadora

Relatório de obras concluídas/contratos, ARTs/RRTs, fotos, declarações de clientes públicos; Plano de capacitação de autogestão

Portaria MCID 861/2023 – Anexo III (Qualificação Técnica) gov.br3.

Apresentação da Proposta de Empreendimento

EO + assistência técnica
Terreno: Matrícula atualizada sem ônus + Certidão de uso/ocupação do solo + IPTU
Projetos: urbanístico, arquitetura, estrutural, instalações, assinados por RT + ART/RRT
Licença Ambiental Prévia (ou dispensa)
Memorial descritivo +

Orçamento SINAPI +

Cronograma físico-financeiro
Lista nominal de famílias (CPF, NIS, renda bruta) + Declaração de enquadramento em faixa 1 (≤ R$ 2.640)
Projeto de Trabalho Social (PTS)Portaria MCID 862/2023 –

Anexo IV (Documentação da Proposta) gov.br

4. Seleção e Contratação com a CAIXAEOTermo de Adesão ao MCMV-Entidades; Minuta de contrato social do empreendimento; Garantia de execução (Seguro-Garantia ou Fiança); Plano de Aplicação dos Recursos; Cronograma de desembolso; Procuração do representante legal; Certidão conjunta negativa (CND RFB/PGFN); Certidão CADIN negativa“Passo a passo MCMV-Entidades”, Min. Cidades (mar 2025) gov.br

5. Liberação de recursos / medições de obraEO + construtoraBoletim de medição; Relatório fotográfico; Diário de obra; Notas fiscais; Certidão de regularidade FGTS e INSS da obra (CEI/CNO); Seguro de Obras (GPA) atualizadoChecklist de contratação – Rede Autogestão autogestao.unmp.org.br

6. Contratos individuais com beneficiáriosFamíliasRG/CNH, CPF, Comprovante de residência, Comprovante de renda (3 últimos meses), Certidão de estado civil, Declaração de não-proprietário de imóvel, Número NISCartilha de beneficiários CAIXA (checklist beneficiário) caixa.gov.br

Observações práticas

  • Digital: todos os PDFs devem conter assinatura eletrônica ICP-Brasil; carregamento via SICAP-Entidades da CAIXA.

  • Validades: certidões federais ≤ 30 dias; estaduais/municipais ≤ 90 dias.

  • Faixa de renda: até 10 % das famílias podem ter renda até R$ 4.400, devendo constar em listagem separada. gov.br

  • Projeto de Trabalho Social (PTS) acompanha a obra e precisa de chancela da CAIXA antes da 1.ª liberação.

Checklist rápido (anexe em pastas separadas)

  1. EO → Estatuto + Ata + certidões + CNPJ

  2. Proposta → Matrícula do terreno + projetos + orçamento + PTS

  3. Fiscal → FGTS/INSS/CND/CADIN válidos

  4. Contrato → Termo de Adesão + Garantia + Plano de aplicação

  5. Famílias → RG | CPF | comprovantes | declaração sem imóvel

Com essa documentação completa, a CAIXA abre o dossiê, emite o Termo de Contratação e autoriza o desembolso inicial do empréstimo pelo Minha Casa Minha Vida – Entidades.

Modelos onde a entidade continua proprietária — e as famílias apenas usam o imóvel

(opções válidas em 03 / 06 / 2025)

#Instrumento jurídico / programaQuem fica dono do terreno / edificações?Título que a família recebeFontes de recursos hoje disponíveisObservações-chave

1Community Land Trust – Termo Territorial Coletivo (TTC) Associação/coop. sem fins lucrativos (CLT)

Contrato de cessão de uso perpétua e transmissível– Subvenções municipais de HIS
– Editais estaduais (ex.: PEHIS-PR)
– Fundos filantrópicos / impacto socialTTC foi introduzido em 2022 no ordenamento brasileiro como mecanismo de terra comunitária de uso permanente catcomm.org

2Concessão de Direito Real de Uso (CDRU) sobre bem público Município/União/Estado mantém domínio direto Contrato de CDRU a 30-99 anos (renovável)– Recursos do FNHIS Sub-50
– Contratos de repasse Caixa/OGUExige lei/autorização legislativa da esfera pública; dispensa licitação para HIS (Lei 13.465/2017, art. 6º §4º) gov.br

3Direito de Superfície (Estatuto da Cidade, art. 21)Proprietário do solo (privado ou público)Escritura de superfície por prazo indeterminado registrada em RGIm– Empréstimos FGTS Pró-Moradia (superficiário é mutuário)
– Parcerias com proprietários ociososPermite separar “solo” e “edificação”; taxa pode ser simbólica jusbrasil.com.br

4Cooperativa de Uso (habitação limitada a quotas) Cooperativa habitacional

Termo de Adesão / Cota-moradia (sem matrícula individual)– Linhas FGTS Pró-Cotista p/ pessoas jurídicas
– Bancos de desenvolvimento regionais Modelo próximo ao suíço/uruguaio; estatuto deve vedar distribuição de lucros

5Programa de Arrendamento Residencial (PAR / FAR) Fundo de Arrendamento Residencial – FAR (Caixa)Contrato de arrendamento (10 a 15 anos, renovável)Recursos federais do FAR (Port. MCID 704/2024)Após 10 anos família pode comprar; se não comprar, continua como locatária caixa.gov.brsienge.com.br

6Locação Social via PPP Habitacional

Sociedade de Propósito Específico (concessionária) / Município

Contrato de aluguel social limitado a ≤ 20 % da renda– Fundo de Apoio às PPP (FEP-PPI)
– Debêntures de infraestrutura

Diretrizes federais publicadas em mar 2025; pilotos em Recife-PE e Campo Grande-MS ppi.gov.brwww2.camara.leg.brcampogrande.ms.gov.br

7Programas estaduais de aluguel social (ex.: Viver Mais / Casa Fácil-PR)COHAPAR ou Agência estadual

Contrato de permissão de uso por tempo indeterminado Fundo Estadual de HIS + Tesouro estadualJá opera no Paraná p/ público 60+; mensalidade = 15 % do salário-mínimo cohapar.pr.gov.br

Como escolher

  1. Defina o grau de controle que a entidade deseja manter:

    • terra + prédio (TTC, CDRU)

    • apenas terra (direito de superfície)

    • controle temporário (PAR/FAR, PPP).

  2. Verifique a fonte de dinheiro já disponível.

    • Se a intenção é captar subsídio federal FDS/MCMV-Entidades, ele não aceita propriedade permanente: exige título individual.

    • Se a entidade aceita abrir mão do subsídio MCMV, pode usar TTC, CDRU ou cooperativa de uso e buscar FGTS-PJ, fundos rotativos ou PPP.

  3. Considere as regras locais (Plano Diretor de Maringá e Lei de Zoneamento) para aprovar uso coletivo do solo — ZEIS costumam dispensar outorga onerosa.

Passo-a-passo mínimo (ex. TTC/CLT)

  1. Adquirir ou receber o terreno em nome da associação.

  2. Registrar escritura com cláusula “inalienável” e reverter plus-valia à comunidade.

  3. Elaborar Regulamento de Ocupação definindo critérios de seleção e valores de taxa de uso.

  4. Firmar contratos de cessão de uso com cada família e registrar averbação na matrícula-mãe.

  5. Financiar construção via fundo municipal, FGTS-PJ ou investidores de impacto.

Principais vantagens × riscos

ModeloVantagemAlertaTTC / CLTMantém moradia sempre acessível; impede especulaçãoPrecisa de governança robusta e fundo de reservaCDRUDispensa IPTU do terreno; compatível com áreas públicasDepende de vontade política do ente concedenteSuperfícieFlexível, contratualValor de superfície mal calibrado pode inviabilizar viabilidade econômicaCoop. de usoAutogestão, participação forte dos moradoresBancos exigem garantías reais sobre o imóvel da cooperativaPAR / FARSubsidia obra integral; baixa burocracia para famíliasNão é perpétuo: após quitação, unidade pode sair do sistemaPPP locação socialEscala grande, inclui manutençãoContrato longo (25-30 anos) e risco de desalinhamento entre operador e comunidadeAluguel social estadualImplementação já testada; valor de aluguel fixoPúblico-alvo restrito (ex.: idosos no PR)

Conclusão

Se a prioridade da sua cooperativa é blindar o patrimônio coletivo e garantir preços acessíveis no longo prazo, os instrumentos TTC/CLT, CDRU e Direito de Superfície são os que asseguram propriedade permanente.

Caso a entidade precise de subsídio federal imediato, o caminho mais realista hoje é migrar para locação social via PPP ou FAR/PAR, onde o imóvel permanece fora do nome da família, mas não da entidade. Avalie, portanto, a fonte de recursos primeiro — e só então escolha o instrumento jurídico que encaixe melhor na sua estratégia de permanência.

https://autogestao.unmp.org.br/categoria/programas-habitacionais/minha-casa-minha-vida-entidades/formularios-mcmv-entidades/

 Perguntas frequentes

  • Tudo começa com uma ideia. Talvez você queira abrir um negócio. Talvez você queira transformar um passatempo em algo mais sério. Ou talvez você tenha um projeto criativo para compartilhar com o mundo. Seja o que for, o modo de contar sua história on-line faz toda a diferença.

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